Reflexões astrológicas:

Quando a astrologia se cala e a fé fala

A astrologia encanta, guia, inspira, mas não determina. Por mais que os astros revelem caminhos e tendências, existe algo que nos ultrapassa, algo que não cabe em símbolos ou cálculos. Recentemente, fui lembrada disso de forma intensa, num diálogo que começou como consolo para uma amiga e terminou como um chamado interno para mim mesma. É sobre esse encontro entre astrologia, dor e fé que quero refletir neste texto. Espero que faça sentido pra você também essa reflexão astrológica, deusa! 

Quando o saber se cala

Em uma conversa com uma amiga que atravessava um momento de profunda dor, repeti a frase que tanto carrego comigo: a astrologia inclina, mas não determina. No instante em que essas palavras saíram da minha boca, senti o impacto delas em mim. Foi como se o universo me fizesse escutá-las de verdade.

Eu, que estudo o céu, que leio mapas, que busco orientar as pessoas, senti medo. Medo de prever. Medo de, ao nomear tendências, de alguma forma aprofundar o sofrimento. Existe um limite nesse olhar astrológico, e percebi que ele termina onde começa o mistério. Há momentos em que nem o céu consegue oferecer respostas. Quando quem sofre é um filho, por exemplo, tudo dentro de nós se dobra, e até o saber silencia.

Ali, compreendi de novo: a astrologia não dita destinos. Ela é linguagem, bússola, espelho. Mas não é sentença.

Quando a fé entra em cena

Nesses momentos de chão arrancado, o que nos resta é clamar por algo maior. É voltar-se ao que transcende previsões, ao que escapa ao entendimento humano. Foi nesse ponto que voltei a encontrar a minha fé.

Eu chamo de Pai, e é a Ele que recorro quando a vida toca o que mais amo, quando o mapa astral não me serve, quando até o céu parece mudo. É nessa hora que a alma se ajoelha, que o coração ora, e que a esperança brota mesmo no terreno árido da dor.

Astrologia é ferramenta poderosa, sim. Mas o milagre, esse vem de outra fonte. O milagre habita a fé, a esperança e o amor, que são as linguagens mais puras da alma.

Voltei a olhar para o céu com respeito renovado. Sem medo, mas com humildade. Entendi que o saber astrológico me ajuda a compreender ciclos e padrões, mas não me protege das incertezas da vida, e nem deveria. Existe algo infinitamente maior do que qualquer trânsito planetário, algo que não se pode decifrar, mas apenas sentir e confiar.

✨ Há algo maior do que as estrelas, e é para Ele que oro.

Escrita por: Talita Salvador Oliveira

Instagram: @despertar_de_saturno